terça-feira, novembro 13

Ontem fui dormir logo depois que o filme acabou. Era madrugada quando um miado de gato faminto começou. Ele era pequeno e estava parado na calçada do meu prédio. Trouxe-o para casa e dei um pouco de leite. O problema dele não era fome, era medo. Tremia muito. Preparei uma caixinha com um pano e coloquei-o para dormir no box do banheiro.

Voltei a dormir.

Ele voltou a miar.

A única solução foi trazer a caixa para perto da cama e deixar a minha mão em um lugar onde ele pudesse ver ou pelo menos sentir.

Ele dormiu.

Amanheceu e concluí que precisava arranjar um destino para o gato.

Resolvi que o levaria para uma clínica veterinária que existe na minha rua. Entrei e perguntei para a secretária se a veterinária já havia chegado. Ele nem respondeu. Apenas gritou: "Carlaaaaaa! Mais um para a sua coleção!!". E eu nem tinha dito que queria deixar o gato ali! Mas tudo bem. A doutora abriu a porta e fez uma cara de "putz! mais um?!?!?". Saiu do consultório, pegou o gato do meu colo e entrou.

Nessa história surgiu uma dúvida: será que os veterinários, quando se formam, fazem um juramento como os médicos de gente?