segunda-feira, julho 29

Numa bela noite, na pacata Blumenau, os jovens confraternizavam durante uma 5a-feira feliz.

O local escolhido, por ser o melhor, não era original. Era o bom e fiel Observatório. Nesse local havia um garçom, de nome Josias. Veio de muito longe, vivia numa pequena vila, da qual não lembro o nome - no oeste do estado. Tinha várias histórias para contar, e uma delas transcrevo agora:

"Era madrugada. A festa de aniversário do tio do meu único vizinho tinha terminado. Decidimos então voltar para casa. A pé, pelo meio da estrada de barro, fomos relembrando os acontecimentos da noite e tentando fazer a contabilidade de quantas pingas havíamos tomado. De repente, ao passar por uma moita, velha conhecida nossa, ouvimos um barulhinho estranho. Não era o som de nenhuma das duas coisas para as quais a velha moita era usada. Estranhamos e decidimos nos aproximar, devagar. Meu vizinho, sempre mais corajoso que eu, pegou uma vareta no chão e deu uma cutucada para dentro da folhagem. Um som assustador nos fez tapar os ouvidos e fechar os olhos, abaixados. Quando percebemos que o silêncio havia retornado, levantamos e olhamos para o horizonte. Vimos uma trilha - que fazia um zig-zag - marcada no meio do capim e, no final desta, uma bola luminosa gigante. Quase não conseguiámos olhar. Era linda! De verde ficou azul e então finalmente amarela. Começou a vibrar e foi subindo, lenta. Nesse momento fiz um pedido e ela sumiu, num flash.

Essa é a primeira vez que conto essa história. Foi emocionante."

Obess

Eis uma foto tirada enquanto Djodjo nos contava a história. Percebam a lembrança da cena em seus olhos.