Toda semana meus amigos e eu vamos ao Xerife, um bar perto da faculdade, para conversarmos sobre os acontecimentos e coisa e tal. Para não perder o contato, sabe como é.
Bem, ontem aconteceu algo diferente, que nunca mais vai acontecer: Diogo Moraes, aquele que nunca soube o que é não ter barba, chegou entregando convites pomposos. A mão que os entregava possuía cinco dedos e um deles, o penúltimo contando a partir do dedão, possuía uma argola, tipo aquelas que o Sonic coletava.
É estranho quando alguém que convive com você desde a adolescência chega e diz que vai casar. Dá uma sensação de "que merda! cresci mesmo!".
Acho que sem querer o Diogo terminou uma fase e começou outra. Ano que vem será outro cara, depois outro, depois outro... até que o último ache alguém que mereça a abdicação da sua vida de solteiro. E um dia estaremos todos na roda, oferecendo charutos para o primeiro pai.
Agora preciso comprar a chaleira que me foi reivindicada no convite. Na verdade meu convite dizia "conjunto de copos", mas eu troquei com uma pessoa que não estava presente.
quinta-feira, abril 24
cotidiano.com
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