quinta-feira, setembro 26

Este post será escrito durante algumas horas.

Bem, faz tempo que não escrevo, e seria hipocrisia dizer que não há nada a ser dito.

Este blog está abandonado porque tenho tido pouco contato com computadores e, quando tenho, não há um clima inspirador...

Devo começar explicando o porquê do distanciamento, para isso farei um resumo dos últimos acontecimentos da minha vida:

Primeiro, saí da agência onde trabalhava para dar continuidade a um sonho que eu vinha alimentando há um certo tempo: a marcenaria.

[Abrindo parêntese]

Há tempos venho percebendo que a propaganda não é mais o que gosto de fazer. Na verdade, acho que não só eu como todos que acompanhavam meu cotidiano.

No presente momento, não sei mais o que quero fazer.

[Fechando]

Ter me desconectado da agência para meter a cara no lance da marcenaria foi um das melhores coisas que eu poderia ter feito. Primeiro porque consegui me desligar do mundo publicitário, depois porque pude encarar a rotina de uma marcenaria, para então conseguir perceber que não é o que procuro. Todos me perguntam qual a razão, especificamente e eu insisto em dizer que realmente não sei dizer. Levei 3 anos para perceber que propaganda não era o meu lance, precisei de 3 dias para perceber que marcenaria também não era. Sei que muitos me olham como um fraco, acham que não tive força de vontade suficiente ou coisa do gênero. A esses nada tenho a dizer, pois ou não me conhecem ou me subjulgam e, nos dois casos, não costumo perder meu tempo.

Posso ainda ter alguma dificuldade para saber o que quero, mas garanto que não preciso de mais 3 anos para saber o que não quero.

Agora estou à deriva, dando um tempo para minha cabeça. Tenho lido muitas vezes um texto chamado "sunscreen", o qual me traz algum tipo de esperança no trecho referente às "pessoas interessantes que, aos 40 anos, ainda não sabem o que querem fazer da vida". Cada vez mais me convenço que 17, 18 anos não é a idade adequada para escolher uma carreira. Talvez, se eu tivesse optado por parar durante um ano, depois de terminar o segundo grau, tudo estaria sendo diferente agora. Tarde para lamentar.

Partindo para um campo um pouco mais "pessoal", declaro que terminei meu namoro com uma mulher que me influencioou muito no último mês. Para ser mais exato, quem terminou foi ela, mas eu já havia começado a pensar na possibilidade, mas não tenho vocação para terminar relacionamentos. Agora percebo que ela não estava tão disposta quanto eu a enfrentar obstáculos.

Acontece; outras virão.

Acho que demorará um pouco para acontecer, mas deve acontecer. É o ciclo natural das coisas. Mas nesse momento, sinto-me um pouco desinteressado em recomeçar o processo. Tenho coisas para consertar na minha cabeça.

No mais, tenho lido muitas coisas diferentes: contos do "Melhores contos de humor..." e "Melhores contos do século...", outros da Clarice Lispector e agora iniciei um romance que exigirá um pouco mais de atenção: "Mundo de Sofia".

Fiz minha inscrição para a Carteira de Motorista, acho que já estava mais do que na hora.

Também dei uma parada no curso de alemão, me faz pensar em coisas que tenho evitado.

Então, acho que resumidamente essas eram as novidades. Sei que existem erros ortográfico e de concordância; sei que decepcionei alguns com minhas declarações; sei que esqueci o aniversário do Paulo; sei que não prestei agradecimentos dignos à Juliana (e mais uma vez devo citar o Paulo) que me ensinou praticamente tudo que sei sobre publicidade hoje - se não é muito, foi por falta de interesse meu -; sei que todos devem estar pensando " o Graes nunca dá continuidade a seus planos".

Não estou feliz por nenhum desses itens, mas esse sou eu. Ame-me ou deixe-me.

A única coisa da qual tenho absoluta certeza no momento é de que estou completamente sem rumo.