quinta-feira, maio 29

"Que estranhas cenas descreves, e que estranhos prisioneiros. São iguais a nós."

Platão - "A República"

Desprezo pessoas que sublinham livros de bibliotecas públicas.

Já acho estranhas as pessoas que sublinham seus próprios livros. Para mim, soa como mutilação, mas tudo bem. Cada um faz o que quiser com suas coisas.

Mas aqueles que sublinham livros de biblioteca deveriam ter o polegar, o indicador e o médio quebrados, automaticamente.

Acho que vou vaoltar a desenhar. Antes de perguntarem se desenho bem, a resposta é não. Desenho muito mal. Demoro para fazer coisas simples e minha própria demora me irrita. Acho inconcebível o fato de minha cabeça pensar no movimento certo e minha mão não obedecer.

Por isso tenho vários desenhos incompletos.

Mas agora estou passando por uma época calma da minha vida, mas com muitos pensamentos. E desenhar me faz pensar em nada.

Grafite e papel canson.

Se você acha que gosta do "R" mas tiraria aquela perna ali, então você gosta do "P". Se você acha que gosta do "P", mas gostaria que ele não tivesse esse perna também, então você gosta do "D".

Minhas únicas palavras, infantis.

terça-feira, maio 27

Sábado gravamos os takes para um vídeo-minuto (depois eu falo mais osbre isso. Maiores informações aqui.) que esperamos concluir ainda esta semana. Depois de terminadas as gravações, ficamos na casa do Gabriel, matando tempo até o horário da festa tão esperada.

Nisso surgiu uma confusão de um alarme falso não tão falso e coisa e tal. (Maiores informações aqui também.)

Mais tarde, depois da pizza de cebola com calabresa, fomos ao supermercado comprar os mantimentos (onze smirnoff ice) e pegamos o ônibus para a casa anfirtriã.

A dita fica no alto de um morro gigante, sinuoso, de barro, que segue pelo meio da floresta da Terra-Média. Iluminação zero.

As meninas se negaram a continuar subindo a pé e ligaram para a dona da casa (grande grande Ane), que veio nos buscar de Enterprise e quase nos atropelou.

Apesar do frio e do meu cansaço, a festa estava muito legal.

Depois de tomar a minha cota de smirnoffs decidi partir para o café, para dar uma acordada. Acho que foi a primeira vez que tomei café numa festa. A Ane tem dessas coisas, sempre um detalhezinho diferente.

Como não estou muito a fim de escrever e o horário do intervalo está acabando, vou resumir o dia:

Boas
- céu azul;
- bons takes;
- smirnoff ice;
- café e torradas;
- piercing na língua;
- jam sessions bizarras.

Ruins
- alarme falso não tão falso;
- sono e cansaço;
- mesa de sinuca surreal.

Depois eu volto.



Vamos encher a cara.

(Hoje a juliana vai me processar por direitos autorais.)



Estas são as fotos do dia do stammtisch. Agradecimentos à juliana que digitalizou e hospedou as imagens.



O melhor desenho dos últimos tempos.

(Roubado da juliana)

segunda-feira, maio 19

Enquanto isso, na aula de Instituições Jurídicas...

professora: ... aí teve um cara que disse que a ignorância de um povo se mede pelo tamanho da igreja. Quando eu cheguei em Gaspar pensei "puuuuuuuuutz!"... Depois fui morar em Rio do Sul. Lá tem uma igreja com o dobro do tamanho da de Gaspar...

anti-cristo[sussurrando]: sabe que preto vira crente só para chamar branco de irmão?

professora: que foi?!

anti-cristo: nada não... eu tava aqui comentando, sobre aquele negócio de ressarcimento. No caso do adultério não dá, né professora?

professora: como assim?

anti-cristo: ué... porque o cara vai ser corno pro resto da vida. deu tá dado.´






terça-feira, maio 13

- E qual é a sua participação nesse jornal?
- Sou o fundador.
- Ahnn...

Primeiro atrasamos tudo ao não perceber a presença do motorista. Depois atrasamos mais ainda o desenvolver do dia porque esquecemos a fita e o microfone. Depois encontramos pessoas desagradáveis. Depois descobrimos que o Luís Fernando Veríssimo não estaria lá. Depois descobrimos que o Ziraldo estava chegando. Depois conhecemos o "maior jornalista do país"(?). Depois entrevistamos o Ziraldo e pegamos autógrafos.

Depois voltamos e saimos outra vez para beber água, mas não matamos a sede.

Ontem vi o Ziraldo, pareceu extremamente simpático e falante. Hoje o vi novamente e confirmei minhas expectativas.

Figurão.

quinta-feira, maio 8

Viram-se pela primeira vez na faculdade. Faziam o mesmo curso mas não estavam na mesma sala.

Ele a achou perfeita, embora um pouco séria. Pensou que não conseguiria ser cafajeste o suficiente desta vez, e sabia que as mulheres gostam do tipo cafajeste, principalmente as sérias.

A primeira conversa que tiveram aconteceu mais ou menos um ano e meio depois. Antes disso, apenas olhares. Ele fazia uma matéria na sala dela. Encontraram-se no banco do pátio, numa das noites que a professora faltou.

Ele perguntou porque nunca a vira pelas festas, pela noite que os acadêmicos costumavam freqüentar. "Não sei. Talvez porque eu tenha namorado, ou simplesmente porque não costumam me convidar", "Isso é uma reclamação direta?", "Parece que sim.", "Pois amanhão todos estarão ali naquele barzinho, na frente da faculdade. Você deveria ir."

Na noite seguinte ele ainda pensava "Não é que ela veio mesmo?!" enquanto trocavam beijos de cumprimento.

Conversaram um pouco, tomaram uma dose de Tequila e não se viram mais durante boa parte da noite. Um pouco antes de sair ela o chamou, para se despedir. Ele então percebeu que não poderia fazer mais nada naquela noite. Apenas aproximou-se do ouvido dela, "Espero que seu namorado saiba valorizar o que tem.", "Pior que não sabe.", ela em desbafo.

Ele ficou satisfeito em ouvir isso mas não demonstrou, o que ela repetiu ao ouvi-lo comentando sobre seus pensamentos em relação à ela. Tentou beijá-la, mas ela desviou, "Não posso, meu namorado, tanta gente aqui...", "Então vamos ali.", ele apontando para um canto do bar. "Não posso...", "Mas você disse que seu namorado não te valoriza", "Mas se eu ficasse com você agora pensarias que sou do tipo que namora e beija outros por aí."

Desarmado, ele desistiu. Beijou-a em despedida e voltou para sua mesa, frustrado e feliz.

Angustiante, como a Marina falou.

terça-feira, maio 6

- Zé Firmino, cê tá durmino?
- ...
- Zé Firmino, cê tá durmino?
- Tô não patrão! Tá na precisança d´eu?
- Tô precisano de nada não. Só queria fazer uma rima.

Lembras que te esquecesses?

segunda-feira, maio 5

Tempos Modernos

Acho que alguém roubou meu número de ICQ.