quarta-feira, dezembro 11

Ontem, no "Jornal do Almoço":

[repórter] - E qual é a porcentagem de chance do senhor continuar comandando o time do Criciúma no ano que vem?
[técnico do Criciúma] - Como assim, de 1 a 10?!

segunda-feira, dezembro 9

Muito engraçado.

O telefone toca, são 7 da madrugada:

- André, é a Ju [apresento-lhes minha irmã]. Seguinte, estou em Piçarras e preciso de um papel que está lá no advogado. Passa lá e pega ele pra mim? Tem um ônibus que sai daí às 10..
- Você quer que eu saia daqui, vá até o advogado e depois vá a Piçarras?!
- Isso.
- Ahnnn... beleza.


Assim começou minha sexta-feira. Coloquei as primeiras peças de roupa que fui encontrando pela frente. Por sorte eram uma camisa e uma bermuda, e não duas camisas ou uma saia e um top da minha irmã. Beleza. Engoli o café da manhã na padaria e fui em direção ao escritório.

Quando cheguei o porteiro do prédio disse que eu deveria pegar o "outro" elevador porque aquele que vai até o 4o andar estava quebrado. Então fui até o 6o e desci dois andares pela escada. Cheguei na sala do camarada e já fui dizendo para a secretária:

- Oi. Eu vim pegar uns...
- Estão aqui, sua irmâ já ligou e explicou o que ela precisava.
- Beleza. Tchau.

Agora rodoviária. Esperei o ônibus que não demorou muito e dormi logo depois de adentrá-lo (hahahaha! "adentrá-lo"... essa foi demais!). A partir daí foi dando tudo certo, com exceção de que o papel que eu levei não tinha nada a ver com o papel que minha irmã precisava, mas não tenho nenhuma ponta de culpa nisso.

Na volta, precisei ir até Itajaí para então pegar um ônibus para Blumenau. Até Itajái foi beleza, mas...

Ao entregar a passagem ao motorista, este já resmunga:
- Hoje o carro vai cheio...

Entendi o que ele quis dizer quando comecei a procurar um lugar para sentar. Por sorte (bom, sorte não é a melhor palavra, entenderão na sequência) logo encontrei. O homem ao lado estava com um walkman, ou pelo menos algo que lembrava um, porque apenas vi que o fone de ouvido ia das orelhas do cidadão até o interior de uma bolsa térmica que ele carregava no colo.

Quando tentei começar a dormir novamente, o som dos fones do infeliz invadiram meus ouvidos. Ele estava escutando "Os Salmos - narrados por Cid Moreira"!!!!! Alguém acredita? Mas é verdade. Concentrei-me para não mais ouvir aquilo. Obtive sucesso por alguns momentos, até que aquele lado da fita a cabou e o cara teve que abrir a bolsa térmica para virá-la. Um cheiro infernal empestiou todo o ônibus. Algo parecido com linguiça ou sei lá, mas em quantidade muito, muito grande.

Ele fechou a bolsa, mas o cheiro ficou. Ele continuou ouvindo os Salmos, mas meu estômago encenava o Apocalipse. E o bebê da poltrona ao lado começou a chorar e... acho que não lembro de mais nada. Foi um momento de grande choque.

"O Senhor é meu pastor, tenho muita linguiça fedorenta na bolsa. Nada me faltará."